terça-feira, 1 de novembro de 2011

Invento

Eu fui inventando as tuas cores, e eu fui descobrindo teus tantos sabores.
De repente eu já me adaptava ás tuas camuflagens, e seguia todas as tuas regras, desse jogo de verdades!
Aquela brincadeira de te observar, de me fazer de você, virou coisa séria, e eu já não sabia não brincar.
Eu te via nos rostos da rua, eu te ouvia nas canções, e até no sorriso da lua.
Eu percebia cada movimento teu, e quando o vento soprava, parecia que me dava um beijo, igual o que você me deu.
O tempo foi testemunha de que eu muito relutei, e minha cabeça me detinha, lembrando de tudo que eu conquistei.
Mas de que me vale a razão, se era perdida nos teus olhos que eu me encontrava.
De que me adiantava a consciência, se era na tua loucura que eu descobria meu mundo.
Os ventos abençoaram nosso amor, e o nosso beijo, foi a lua quem iluminou. Selado pra sempre no meu coração, todo aquele tempo vai ficar. Nunca, nem depois de anos, nem depois de tantos planos... Ninguém nunca vai te apagar.
Você se foi, andando devagar, leve... Como a brisa que soprava.
Eu deixei, não ia te prender! Um ser tão belo... eu não saberia dormir tranquila sabendo que te privaria do teu viver.
Vai, anda... Segue teu caminho. Me deixa o teu brilho, me deixa teu sorriso... Me deixa!
Vai me deixando aos pouquinhos, bem devagarinho... Pra eu ainda ter o gostinho de te ver sorrir, de te deixar partir de mansinho.

E eu vou inventando cores, vou criando amores.

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