segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Imperfeito

Eu ouvi tantos contos de fadas, imaginei tantos castelos perfeitos com príncipes felizes.


Mas eu fui aprendendo que o castelo pode cair se você o faz muito alto e também pode ser soterrado se você o deixa pequeno demais.
A vida então me mostrou que aquele príncipe não é, e nem precisa ser perfeito. Ele só precisa saber amar. E sabe aquele lindo final feliz... Ele não existe, e aposto que você nem vai querer que ele chegue. Qual é a graça? Se é nessa parte que a história acaba!
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"O que imaginamos é fruto da nossa mente, o que sentimos é fruto do nosso coração. Não racionalize aquilo que só se deve sentir!"



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Excite a Alma

Tantas relações supérfluas, pessoas pensando só no que é do corpo.
Tanto dinheiro passando pela cabeça de muitos, dinheiro que sobra, dinheiro que falta, dinheiro que compra, dinheiro que arrasa.
E o que fica pra alma? O que sobra pro coração, o que se guarda na mente.
Tudo é vazio, solidão. Os compromisso rápidos de uma noite só.
Os beijos apressados de cinco minutos, sem sentir o verdadeiro gosto, sem sentir o verdadeiro sentido.
Homens de hoje, não basta apenas excitar o corpo... É preciso excitar a alma.
De que serve o carro bonito, e o corpo escultural. Pode até arrancar desejos de posse, mas o frio na espinha, as borboletas no estômago... não, isso é só da alma.




O prazer total só se dá, quando duas almas puderem se encontrar inteiramente. Despidas de interesses mundanos, despidas de preconceitos, e somente munidas do amor.

Então, pare de buscar no material o seu prazer interior. Abra sua alma, deixe-se entregar para o tão sonhado AMOR DA ALMA.

"As coisas foram feitas para serem usadas, e as pessoas para serem amadas.
Mas o homem insiste em amar as coisas e usar as pessoas."

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Dor Que Dói Mais

"Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.(...)"

Martha Medeiros

P.S.: Ela dispensa qualquer tipo de complemento.