sexta-feira, 8 de abril de 2011

Atentado á vida

Como buscar a paz, quando diante de nossos olhos a guerra mostra sua face. Como procurar o amor, se tantos corações estão tomados pelo ódio e pela fúria. De onde tirar felicidade, quando a tristeza e a tragédia invadem nossas vidas por todos os lados. Onde fica o valor do ser humano, em um mundo onde vidas são destruídas sem piedade. Como querem que jovens se desenvolvam, tornando-se exemplos de pessoas, se o que se vê ao nosso redor, é apenas a destruição, a guerra diária do homem contra ele mesmo. Em meio á tanta dor e desespero, se torna um milagre encontrar bons exemplos. Atos de amor que deveriam ser corriqueiros, tornam-se luxo, e a escola, um lugar que deveria ser seguro, tornou-se agora cenário de mortes, de uma destruição desumana de vidas inocentes. O que ocorreu no Rio de Janeiro, é apenas um espelho do que acontece em todos os cantos do planeta. Nós, seres humanos racionais, com um comportamento tão cruel, que nem mesmo se compara á animais. "Assassino de 24 anos provoca tragédia sem precedentes em escola do Rio de Janeiro. Doze crianças estão mortas." Aonde colocamos nossa fé em meio a tudo isso? Só o que nos resta é rezar, pra que talvez os jovens, testemunhas desse tipo de barbaria, mudem seus pensamentos, e resolvam fazer deste um mundo melhor de agora em diante. Um mundo menos cruel e mais humano. "Trouxeram-lhe também criancinhas, para que Ele as tocasse. Vendo isto, os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, chamou-as e disse: Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará." (Lucas 18,15-17)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Visão de Fora para a Parte de Dentro

-"Eu a estava observando, quando ela entrou, sentou-se, colocou seus fones de ouvido, e se perdeu. Ela olhava fixamente para a janela, parecia concentrada. Me perguntava se o que ela via eram aquelas casas e pessoas passando rápido, ou se ela olhava para dentro de si. Aquele olhar perdido devia estar procurando a si mesma. Dentro do mundo que ela criou em sua cabeça, fechado pela música alta em seus ouvidos. Nada do que estava ao seu redor era importante, nem mesmo real. A realidade dela agora era o seu mundo particular. Ali talvez ela pudesse se mostrar como verdadeiramente é. Ela ergueu muros, construiu paredes fortes o suficiente para que ninguém possa entrar - ao menos consciente- naquele universo que deve ser sua cabine de confissões. Ali seus olhos choram, ela arranha as paredes até sangrar, ela grita seus ódios. Naquele lugar, suas poses se desfazem, ela não tem que ser boa o bastante pra ninguém. Ali é onde ela revela seus segredos, onde ela mostra os sentimentos que muitas vezes tenta ocultar atrás de sorrisos no mundo real. E então eu olho a sua expressão, está congelada, ela se perdeu. Eu vejo tudo isso nela, vejo o que os outros não podem ver! Se você olhar para ela, verá também. Olhe com olhos profundos, e descubra o quanto existe dentro daquilo que parece ser um olhar vazio e paralizado. Encontre-a!"