sexta-feira, 9 de março de 2012

"Oi, tudo bem?"

Daí você está andando na rua, e casualmente encontra um conhecido, e vem aquela saudação tão rotineira: “Oi, tudo bem?”.
A resposta é sempre meio automática! Positiva, claro, seguida de um abano e um sorriso. Porque nessa correria não dá pra parar e falar dos problemas, não tem tempo pra isso! Mas o problema é quando aquilo fica na tua cabeça: “Tudo bem?” E você fica se perguntando: “Será que eu tô bem?”
Na semana passada eu chorei, porque quem eu queria naquele instante não podia estar do meu lado, mas foi só coisa de mulher... Sensibilidade sabe!? E também teve aquele arroz que queimou e me deixou meio pra baixo. Me veio na cabeça aquela amiga de muitos anos que passou por mim e nem deu oi, e aquela mensagem que eu recebi com o aviso de uma reunião, que não
tinha nem “oi” nem “tchau”.
Essas coisas todas passam na minha cabeça depois de um “Oi, tudo bem?”. Será que quem perguntou estaria realmente disposto a me ouvir dizer “Não, não está tudo bem! Podemos conversar?”.
Tem manhãs que o sol não aparece direito, e faz um friozinho leve. Eu gosto desses dias! Será que alguém estaria interessado em saber? Ou então, tem noites que ficam meio sem estrelas, e a lua não aparece. Eu me sinto sozinha nessas noites, sabia?!
No meio desse “Oi, tudo bem?” pode não ter interesse nenhum, mas no meu “sim, tudo!” tem uma vontade enorme de um “vem cá vamos conversar, tem tanta coisa que eu queria te falar!”.
Mas eu lembro que as coisas são muito corridas pra todo mundo.
Lembro que não dá tempo de parar ás vezes nem pra respirar! Então eu deixo assim mesmo, e vou levando. Distribuindo uns sorrisos e uns acenos, quem sabe melhora o dia de alguém que talvez não esteja assim tão bem, mas sempre responde positivamente aquele “Oi, tudo bem?”!

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