segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mansidão

O vento tem soprado tão forte sobre mim! Tem bagunçado todas as coisas que eu estava colocando no lugar. Como num vendaval, os estragos têm sido grandes demais, quase que irrecuperáveis. Sabe quando você desiste de levantar, porque sabe que vai cair novamente!?
Mas, de repente... O dia começou a ser mais bonito, e aquela ventania toda que me desorientava virou só uma brisa. Tão leve, calma, linda!
Confesso que no início eu relutei em aceitar que tudo tinha se acalmado. Parecia mentira. Aos poucos eu esqueci o vendaval, e já estava até conseguindo organizar de novo, devagar, tudo que o vento havia espalhado!
Foi a brisa que você soprou, que fez minha vida começar a entrar nos eixos, depois de tudo! Não quero que pare, mas tenho medo de te cansar... E eu tenho medo de depender do teu sopro.
Quando você parou foi que eu percebi que agora já é tarde... Completamente dependente da brisa que me devolve a vida e a alegria, que me dá inspiração.
Não vou te prender, mas quando você para, eu me perco!
Já sou dependente da tua mansidão.

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